Sim, parece um mero apodo, porém o japonês Issei Sagawa faz trepidar até mesmo o mais corajoso dos admiradores do sobrenatural, pois ele trouxe para o vida real parte das atrocidades de Hannibal Lecter, confirmando assim mais uma vez a célebre frase do dramaturgo Oscar Wilde “A vida imita a arte”...
Bem, Issei considera mesmo uma arte, como veremos.
Nascido em Kobe, no Japão, em 1949, Issei Sagawa era membro de uma rica e influente família, o que fez dele uma pessoa pouco dada a recusas quanto a qualquer coisa que achasse que lhe fosse de direito, tudo seria até aceitável, para vida de um rapaz mimado pelos pais, se não fosse pela soturna e tenebrosa vontade de Sagawa por provar o sabor da carne humana.
Quando pequeno teve um sonho que o marcou, no sonho ele e seu irmão estavam presos em um caldeirão, e ambos estavam prontos para servir de alimento para alguma pessoa. O que seria somente um pesadelo para alguns, para ele tornou-se uma das principais motivações para seu canibalismo.
Já na fase adulta, tornou-se um brilhante estudante de Literatura Inglesa, foi quando apaixonou-se por uma professora alemã, esta foi a primeira vez que ele confessa ter pensado: “Como poderei comer a carne desta mulher?”. Movido pelo sádico pensamento, numa noite invadiu o apartamento da professora e a encontrou dormindo completamente despida, no átimo sentiu-se dominado por um enorme desejo de feri-la, buscou em seu apartamento algo para golpeá-la, achando somente uma sombrinha, entretanto para a infelicidade de Sagawa a professora terminou despertando, e ele assustado, fugiu com medo da reação da mulher.
Após o ocorrido o pai de Sagawa buscou ajuda para o filho o levando a um psiquiatra que imediatamente alertou o pai do jovem que ele necessitaria de um tratamento emergencial, pois tornara-se demasiadamente perigoso, seu pai por sua vez, temendo tanto o filho, quando a repercussão que causaria aquilo, resolveu o problema enviando-o para que terminasse seus estudos fora do Japão, imaginando que assim, vivendo em outro país o jovem pudesse deixar sua assustadora compulsão.
O lugar escolhido foi Paris, onde Sagawa pode dar seguimento aos estudos, passado um tempo, tudo parecia transcorrer normalmente até que em 1981 ele veio a conhecer a jovem holandesa Renée Hartevelt de 25 anos, ela também uma aluna exemplar e poliglota causou uma paixão repentina em Sagawa que ficou praticamente encantado por ela. Os dois saíram algumas vezes juntos, dançaram, trocaram cartas, aquilo para o jovem estudante parecia uma verdadeira história de amor, a mais perfeita de sua vida. A jovem sempre o visitava, ensinando-lhe um pouco de alemão, este por sua vez a ensinava hábitos e costumes da cultura oriental. Numa noite Sagawa convidou Renée para um jantar em sua casa, queria que ela lesse a ele um poema em Alemão, pois havia preparado um gravador e gostaria muito de gravá-la recitando o belo poema, a jovem aceitou e como de costume foi ate a casa de dele, onde foi carinhosamente recebida e como era habitual, sentaram-se e tomaram um pouco de chá, junto algumas doses de uísque. Sagawa movido pelo desejo incontido terminou declarando seu amor pela jovem, ela porém apenas disse que o admirava muito, mas queria tê-lo apenas como um bom amigo. Sagawa ligou o gravador, levantou-se tranquilamente e pediu que ela lesse o poema que estava no livro, ela iniciou a leitura enquanto ele ficou andando pela sala, e por um momento parou atrás da jovem e puxou um revolver, que segundo Sagawa fora comprado para defesa pessoal, e atirou na nuca de Renée.
Renée Hartevelt
Representação do assassinato de Renée Hartevelt
Primeiramente Sagawa limpou a poça de sangue que ficara na sala e logo despiu a moça, em seguida foi ate a cozinha retornando posteriormente com uma faca, chegou próximo ao corpo despido de Renée e cortou-lhe um pedaço do seio esquerdo, em seguida o nariz, comendo ambos por conseguinte. Minutos depois Sagawa, tentou cortar parte da nádega esquerda da jovem, tendo dificuldade a princípio, sem embargo aos poucos foi conseguindo e ficou admirado ao ver que a gordura era semelhante a grãos de milho, provou alguns pedaços, mas não gostou, disse que não tinha sabor, então decidiu ir cortando mais profundamente até chegar a camada mais profunda de carne, cortou alguns pedaços e levou à boca e (pasmem) ficou maravilhado com o sabor, comparando-o a um delicioso salmão.
O sádico canibal ficou fascinado com o que havia feito, e com o olhar expressando total demência fitou os olhos embaçados e mortos da jovem, descrevendo a ela todo seu êxtase e satisfação ao sentir o sabor de sua carne.
Não satisfeito, foi até a cozinha pegou uma faca elétrica e picou pedaços da carne da jovem, algum tempo depois os levou ate a cozinha temperou com mostarda e resolveu cozinhá-los para o jantar, enquanto isso voltou a sala, sentindo que faltava algo, e mesmo após mutilar várias partes do corpo de Renné, Sagawa terminou fazendo sexo com o cadáver, alegando ouvi-la responder a ele um possível eu te amo: “Quando subi sobre ela um gemido saiu de seu corpo, foi quando respondi que também a amava”.
Cozinhando a carne de Renné
Separando as "melhores" partes do corpo de Renné
Após o ato monstruoso voltou a cozinha e continuou por mais um tempo aquele ato macabro, cortando e selecionando as partes que lhes eram mais agradáveis, e tirando fotos do corpo da jovem. Naquela noite dormiu com os restos mortais da jovem em sua cama. No dia seguinte, não demorou muito para corpo
começar a dar sinais de apodrecimento, Sagawa guardou em sua geladeira as partes que mais lhe agradaram, e chamou um táxi, em seguida terminou de desmembrar o corpo da jovem e o colocou em algumas malas, pediu ao taxista que o levasse ate um bosque próximo, e la chegando resolveu se desfazer dos restos mortais de Renée, porem o jeito desajeitado dele levantou a suspeita de um casal, percebendo isso Sagawa fugiu do local deixando as malas, mas logo foi identificado e preso pela polícia.
Peritos analisando as malas encontradas com as partes restantes do corpo de Renné.
Todavia ao contrário da história de Hannibal Lecter o nosso Canibal não ficou trancafiado, nem foi obrigado a usar uma mascara de ferro. Sagawa foi considerado um psicótico incurável e por meio da influência exercida por sua família terminou sendo solto em 1985, e para surpresa de todos tornou-se celebridade no Japão, fez participação em filmes, escreveu um livro onde relata com detalhes o assassinato, deu milhares de entrevistas e para finalizar com chave de ouro tornou-se capa de uma revista culinária, verdadeiramente Issei Sagawa é a face do sinistro.
Sagawa, hoje como uma celebridade no Japão.
Fonte - http://www.assombrado.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário